quinta-feira, 2 de junho de 2011

9º FICHAMENTO

Ancestralidade Genômica, nível socioeconômico e vulnerabilidade ao HIV/aids na Bahia, Brasil1

Kiyoko Abe-SandesIet al


“A população brasileira, após 500 anos de miscigenação entre ameríndios, africanos e europeus, tornou-se uma das populações mais heterogêneas do mundo. Até 1500, ano do descobrimento do Brasil, viviam neste país aproximadamente 2,4 milhões de ameríndios, agregando-se a esse número, após essa data, europeus, africanos e asiáticos (IBGE, 2000)”

“Embora nenhuma doença genética seja restrita a determinado grupo populacional, existem evidências de diferenças na frequência de certas doenças em relação à raça e às diferenças genotípicas. As doenças mendelianas clássicas cuja mutação apresenta frequência menor que 2% são quase sempre raça-específicas.”

“O curso clínico da infecção pelo HIV é determinado por complexas interações entre as características virais e os fatores do hospedeiro (Fauci e col., 1996). Variações no hospedeiro, como mutações nos genes que codificam os receptores de quimiocinas, CCR5 e CCR2, correceptores para a entrada do vírus na célula, têm sido descritas como fatores importantes para a susceptibilidade à infecção pelo HIV e da progressão para a aids.”

“População de estudo

“Foram analisados 517 indivíduos infectados pelo HIV-1 e 1.200 soronegativos. Os infectados pelo HIV-1 eram provenientes de diversas regiões da Bahia e acompanhados no Laboratório de Retrovírus do Hospital Universitário Professor Edgard Santos da Universidade Federal da Bahia. Todos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).”

“Os indivíduos infectados pelo HIV-1 foram classificados em três grupos, tendo sido a classificação baseada no intervalo entre o diagnóstico e o início do tratamento com antirretroviral (Hendel e col., 1998; Mazzucchelli e col., 2001; Magierowska e col., 1999), nos níveis de carga viral plasmática, no número de células T/CD4+ e na ocorrência de infecções oportunistas em: 1) Lento Progressor (LP) - CD4+ > 500 cels./mm3 e infecção sem uso de terapia antirretroviral > 8 anos; 2) Típico Progressor (TP) - 500 < CD4+ > 200 cels,/mm3; 3) Rápido Progressor (RP) - CD4 < 200 cels./mm3 em até 3 anos de infecção ou óbito em até 5 anos após a infecção.”

“Foram utilizados marcadores informativos de ancestralidade (AIMs) para estimar as contribuições ancestrais nas populações de estudo. Estes marcadores são caracterizados por apresentarem grandes diferenciais (δ) de frequência entre populações étnicas e/ou geograficamente distintas (Parra e col., 1998).”

“• Extração do DNA Genômico - Foram coletados 4mL de sangue em tubo vacuntainer e o DNA foi extraído a partir desse material biológico pela técnica de extração salina (Lahiri e Nurnberger, 1991).”


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